quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Para a dama... Para Bethânia!

O que eu tinha para dizer a ela:

Na hora você não me permitiu. Não, não por você. Você é muito mais forte do que o brilho de uma estrela, dama. Eu é que fiquei tão pequeno perto de você. Preciso te dizer: ao entrar pelos labirintos do Teatro Abril, confesso, meus olhos já umedeceram e minha alma parecia vazar através das lágrimas. Ao chegar ainda mais próximo da dama, meus pêlos se arrepiaram todo... Eu sentia meu cabelo, eu sentia os poros se abrindo todos. Os mesmos poros onde escorre o meu suor. Meu sangue, a cada pulsar dele, eu sentia. Juro que sentia. Era como se eu também saísse de mim. Fiquei quente. MUITO QUENTE. Tremia. Tremia ao ponto de meus dentes doerem. Minha boca secava... E eu bebia tanta água... Mas secava. Secava o tempo todo. Na fila? Ai! Na fila, a cada passo, quanto mais próximo ficara da dama, mais ainda sentia tudo isso. Sua primeira aparição eu notei pelo espelho. O espelho do seu camarim. Nessa hora, adivinhe só? Meu coração saiu de mim... E se dividiu em milhares de pedaços. E foi a primeira vez que notei meu coração sair de mim de alegria, não de tristeza. Dama, querida dama, ao te ver, pessoalmente, cara a cara, com aquele tímido sorriso, palavra alguma arriscou sair além de um breve: “sou apaixonado por você”. Só! Eu nunca tinha tido a experiência, até então, de ficar mudo diante destas descobertas prazerosas que a vida traz. NUNCA. Nem quando fico revoltado. Eu gosto de falar. Gosto muito de falar. É coisa de ariano. Enfim, te abracei tão forte, pensei novamente em te dizer muitas coisas e com vergonha assumo: não consegui! Tirei foto. Uma foto apenas. Mas não pude te dizer. Não pude te dizer que vi o seu brilho, linda dama, logo que entrei em seu camarim. E era esse brilho que me fascinava tanto a caminho do mesmo camarim. É um brilho tão forte, tão intenso. É algo de bom que você tem de dentro de você. Dama, você tem um pedacinho de cada coisinha de nossa cultura. Nós, brasileiros, devemos RESPEITO por você, por quem você é. Não apenas me satisfiz em te apertar e te tocar. Tive que beijar sua face. Acredita? Beijei, e foi um beijo tão intenso. Mágico. Sua energia tem um ótimo paladar.


Tive medo que me achasse tiete. Não porque você não merecesse, cara dama. Mas porque não sou tiete apenas. Sou seu fã, e da forma mais maiúscula que isso pode parecer. Sou seu. Aos seus pés...

Eu queria te dizer que me fez chorar ao cantar “Objeto não identificado”, do Caetano. Também chorei com “Explode Coração” e com a sensual “Tua”. Bem, para ser mais sincero, chorei do início ao fim... Do fim até você... De você pro Hotel... Do Hotel pra Limeira... E hoje, ao lembrar de cada cena, ainda tenho uma sensação incrível provocada pela sua energia.

Ah, claro, também queria te dizer que me dá satisfação ter, em minha base, você. Sim, você. Quer dizer, você, cara dama. Representa muito. Reluz muito. Seduz muito.

Agora tens ainda mais o meu respeito!

Obrigadíssimo.

Te amo.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Votos de felicidades...

Mais um dezembro que chega. Dezembro, este é o mês todo mágico, em que de dentro de nossos corações uma sensibilidade absoluta reina, trazendo e transmitindo paz, boas vibrações, alegrias, afetos e amizade verdadeira. Neste período parecemos que estamos realizados, depois de um ano de muita luta, decepções, alegrias, conquistas, vitórias e perdas. E é tudo isso que integra a construção real do que somos. A vida não é só fácil e nem só difícil. A vida não é absoluta. A vida não oferece sempre as respostas... E a gente? Ah! A gente acerta, erra, perde e ganha... E, quer saber? É isso que torna a nossa vida ainda mais bela, mais cheia de poesias, rimas e sorrisos!

Pois então, desejo um Natal repleto de harmonia. Que, em minutos, pelo menos, você possa fechar seus olhos, lembrar de atos importantes que teve em sua vida, agradecer pelos seus sentidos, pelos seus amigos, pelos seus novos sonhos – e os já concluídos. Pelas novas músicas, pelos novos espetáculos, pelos novos shows. Pelos amores que chegaram. Pelos amores que partiram – Porque é assim que a gente aprende o sentido da palavra eterno. Pelo conhecimento adquirido. Pela família. Pela sintonia com as crianças... Pelos banhos de chuva... Pelo aroma das flores, da terra, do mato molhado. Pela simplicidade das ações. Pelo coração disparado ao notar um sorriso verdadeiro de uma criança.

Desejo um Natal assim, belo e pleno! Lembre-se das dores, mas principalmente de quem você se tornou depois delas. Porque é isso o mais importante.

E, para 2010, desejo saúde, sucesso, trabalho e verdade. Infelizmente, a sociedade parece correr sempre para algum lugar. Já sentiram o quanto que a loucura dos dias tem deixado de lado momentos que realmente valem a pena? Então, anotem na agenda o que desejo para o ano que está prestes a chegar:

1- Tome banho de chuva. Muito.
2- Ligue para os amigos mais. Mesmo que esteja um pouco alegrinho... Os amigos verdadeiros adoram esses momentos.
3- Ria mais da vida e de você mesmo, ria muito de você mesmo. Faça de você o seu melhor palco.
4- Seja sincero sempre. Se gosta, diga. Se não gosta, diga. Se afaste de gente que é muito negativa. Se aproxime de gente com boas energias!
5- Aprecie a sua família. Você pode discordar dela muito. Não tem problema. Ame-a assim mesmo.
6- Reserve tempo para você mesmo. Vá ao cinema sozinho, pelo menos algumas vezes. Fique no seu quarto trancado ouvindo o seu som predileto. Medite. Pense. Tenha calma, tudo sempre se ajeita.
7- Coma mais brigadeiro sem sentir culpa. Não precisa nem transforma-lo naquelas bolinhas simpáticas. Coma-o direto da panela. Faça-o do seu jeito. Lambuze-se e sinta o prazer de fazer algo tão simples e tão completo!
8- Brinque mais com crianças. Delicie-se mais com seus sorrisos. Observe a alma das crianças. Não é fascinante? Aprenda sobre sinceridade com as crianças e nunca permita que a passagem à vida adulta o torne um reclamão sem tempo ou uma mal-humorada sem objetivos. Mantenha a alma de criança.
9- Tenha muitas pessoas por perto, mas saiba quem são os seus verdadeiros amigos. Abuse do ombro de seus amigos. Deixe que eles abusem também do seu. É um relacionamento fascinante.
10- Faça mais loucuras. Viaje num final de semana prolongado. Não pense somente nos gastos. Pense na importância que cada opção tem em sua vida.
11- Tenha animais de estimação, qualquer um. Brinque com eles. Olhe no olho deles. Converse com eles. É uma relação mágica e muito se aprende sobre fidelidade com eles.

Desejos, alegrias e aprendizagem! Tudo de melhor, de muito melhor, sempre!
Abraços,

Ronald Gonçales
Aos 15 dias do mês de dezembro de 2009.

Eu dei um beijo nela!

Essa merece ficar num porta-retrato na porta de entrada lá de casa. Essa merece ficar registrada para sempre em minha memória. Essa merece toda emoção que sinto quando ela canta. Essa merece por falar de amor, dor, alegria, tristeza e oxum. Essa tem o meu respeito. Essa é uma grande mulher. Para sempre BETHÂNIA:


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Contradição

Sempre acho rompimento um saco. Seja do que for. Entre amigos, na família, no amor... É que sempre sonhamos que quando estamos vivendo algo aquilo será eterno. E acreditamos nisso com uma força tremenda que depois, com o passar do tempo, nos frustramos. Quanto mais o tempo vai passando mais eu vou tendo a certeza que, em relacionamento, não dá para jogar as nossas expectativas sempre em cima da outra pessoa. Vocês têm que deixar claro quem são vocês, sem medo, sem receio e naturalmente. Porque, de fato, o amor só se construirá, no dia-a-dia e na terrível monotonia, se você puder ser quem você é e, ainda assim, tiver alguém do seu lado que o ache a última bolachinha do pacote. Terrível é se enganar. Enganar! A gente vai se perdendo quando a gente tenta, de todas as formas, ser aquilo que o outro, ou a outra, ou quem for, projeta a nós mesmos. Cada um tem a sua própria estrutura, a sua própria base e a sua própria educação. Não tem como ir exigindo que a pessoa cobre menos. Talvez isso faça parte do mundo que ela criou para ela mesma. Também não tem como exigir que o outro dê mais atenção. Talvez, a atenção que ele, ou ela, dá naquele instante é a maior já dada em sua vida. É preciso haver o reconhecimento.

Esse início de texto dá a terrível impressão de que o que busco para mim é a perfeição. NÃO! Pra ser mais específico, gosto menos da perfeição do que dos defeitos. Eu gosto de aprender, apenas. E num determinado momento, quando alguém está com alguém e observa, com um gosto amargo, que o relacionamento não tem feito bem para nenhum dos dois. Que há brigas desnecessárias (com frequência), que um quer mudar o outro, que o tom das músicas já não se encaixa nas vozes, que há a carência sentida, que há pensamentos dolorosos, é hora de virar a mesa! E, confesso, é horrível ir observando isso gradativamente.

Nunca fui de me permitir me acomodar. Em qual estágio for. Já sofri muito. Já fiz sofrer muito e aprendi, com isso tudo, que o mais importante é a gente SEMPRE seguir o nosso coração, pois isso te traz alívio e tranquilidade. É claro que há a saudade e isso só tende a aumentar com os dias... Mas há também a certeza de que já não estava bem e ao menos, sozinho, você pode ir resgatando as coisinhas da sua vida do seu jeito, sem achar que está errando sempre ou fazendo algo que te faça carregar culpas. Carregar culpas num relacionamento é uma sensação de peso!

Quero que sejamos felizes. Juntos ou cada um em seu caminho. Estou me “re”conhecendo e isso é bom, preciso de mim, respirar um pouco, andar por aí, sem acreditar que as minhas alternativas estão sempre erradas. Estava perdido em infinitos pesados e de novo CONFIRMO: Não há culpados! Há a gente mesmo e a nossa mania de querer inverter o ciclo das coisas. Quero ficar quieto, no meu canto... E disso estou certo. E a vida vai tecendo e mostrando o quanto é preciso amadurecer com ela. Uma amiga me disse algo ontem que viu num filme que me arrepiou. Vejam só: "Somos perfeitos um para o outro, mas não conseguimos viver juntos. É uma contradição". É, a vida é mesmo recheada de contradições...
Adeus Você, Los Hermanos.

Adeus você

Eu hoje vou pro lado de lá

Eu tô levando tudo de mim

Que é pra não ter razão pra chorar

Vê se te alimenta

E não pensa que eu fui por não te amar


Cuida do teu

Pra que ninguém te jogue no chão

Procure dividir-se em alguém

Procure-me em qualquer confusão

Levanta e te sustenta

E não pensa que eu fui por não te amar


Quero ver você maior, meu bem

Pra que minha vida siga adiante


Adeus você

Não venha mais me negacear

Teu choro não me faz desistir

Teu riso não me faz reclinar

Acalma essa tormenta

E se agüenta, que eu vou pro meu lugar


É bom...

Às vezes se perder

Sem ter porque

Sem ter razão

É um dom...

Saber envaidecer

Por si

Saber mudar de tom


Quero não saber de cor, também

Pra que minha vida siga adiante

sábado, 21 de novembro de 2009

'Quando acaba', por Jabor!

Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo.....
- Cinco anos... que pena... acabou....
- é... não deu certo...
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar 100% de você para você mesmo, como cobrar 100% do outro?
E não temos essa coisa completa.
Às vezes ela é fiel, mas é devagar na cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível.
Tudo junto, não vamos encontrar.
Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar.... ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob pressão?
O legal é alguém que está com você, só por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração.....
Faz parte. Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo.
E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse....
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
E nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar...
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil ?????

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Um sonho que se desfaz...

O nome dele era Renato e seu sobrenome pouco importa. Carioca, o menino de 10 anos, morador de uma das maiores comunidades do Rio, assistiu, ao acaso, o anúncio de que o seu país será cenário de uma momento histórico: Sede das Olimpíadas de 2016. O garoto, que trajava uma bermuda da cor verde, bastante suja, uma camiseta amarela, rasgada, com as promessas de um Brasil campeão da Copa de 2002, e um boné azul, trazendo propaganda da “Casas Bahia”, loja, inclusive, em que conseguiu assistir à revelação feita por Jacques Rogge, presidente do Comitê Olímpico Internacional, onde entrou – observado rapidamente pelos seguranças – para tomar uma água gelada no bebedouro, fugindo do sol ardido lá de fora. Seus bolsos tilintavam um agradável “barulhinho” de moedas. Enquanto o observava, nem notei que estávamos tão próximos um do outro. Tio – ele disse. O que significa isso daí “pra” nós? É muita coisa, rapaz. Será investido muito por aqui. E o que é investir? – perguntou-me. É... Pensei um pouco, na verdade muito, e ele insistiu: O que é isso aí, mano? Talvez comecem a oferecer um sistema de saúde mais adequado, injetem mais grana na segurança e na educação – pontuei, sem ter a certeza se havia dito algo coerente. Hã – resmungou a criança – Então minha mãe vai ficar feliz com esse lance aí da segurança. Só lá na minha “goma” “mora” nove “pessoa”, isso porque três já “foi” pra terra, “morridos” lá na minha comunidade. E quem eram esses que morreram? – interroguei. “Era” meus “irmão”, o mais “véio” tinha o mesmo nome que o meu, Renato – gabou-se. Nesse treco aí que “passo” na TV tem futebol também? Tem sim. Você curte futebol? Muito, tio. Jogo, quando não tenho que “trampá”. Ah. E você trabalha com o quê? Estuda também? Nada, tio, “tá” tirando? Estudar é coisa de luxo, eu “trampo” nos faróis mesmo, arranco umas moedas aí “pra” ajudar em casa. O silêncio tomou conta de nós dois. Tio – disse-me. Quem sabe lá nesse lugar aí eu “num” jogo bola, né? É meu sonho, sabia? Ser igualzinho “o” Ronaldo – revelou de peito inchado. Fomos interrompidos pelo vendedor da loja, estava prestes a adquirir uma TV de plasma para enfeitar a sala lá de casa e, como num passe de mágica, Renato sumiu.

Hoje, um pouco mais do que um mês desse episódio, vendo os noticiários da TV de plasma – recentemente comprada – no ápice da violência no “Morro do Alemão”, observei uma senhora chorando pela perda de um filho por uma bala perdida. Ao seu lado, outras crianças apertavam suas pernas enquanto uma mamava em seu peito. O microfone de uma repórter transmitia o drama daquela mulher. Não dá mais “pra” nós “morar” aqui não, dona – relatou a senhora desesperada, chorando copiosamente. Ele tinha o mesmo nome do mais velho e não parava de falar que iria ver as Olimpíadas em 2016.

Nas mãos dela, o boné da “Casas Bahia” ainda estava com manchas de sangue...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A benção do retorno...

A maioria das pessoas sabe que faço assessorias para o vereador José Farid Zaine (PDT). Trabalho diariamente atendendo pessoas, pessoalmente ou por telefone. Conheço realidades bem diferentes, todos os dias. E ontem, ao atender o telefonema de uma simpática senhora, foi que eu me surpreendi: Às vezes as pessoas precisam apenas mesmo é de uma boa atenção.

Ela está com problemas para vagas de creches para o seu neto. Há uma demanda grande buscando estas vagas. Um vereador não tem prerrogativas para auxiliar neste caso e acho isso até justo, pois não é certo passar ninguém na frente de ninguém apenas por contatos. Porém, o que fiz, foi uma pesquisa das creches da redondeza da região que esta senhora mora. Fiz isso em, no máximo, 1 hora. Quis conhecer um pouco dessas realidades. Saber sobre as assistentes sociais, como são realizados esses atendimentos, e outras coisas.

E então, mais tarde, retornei a ligação para a senhora. Logo a avisei que não poderíamos interferir no andamento das vagas nas creches. E então, disse que andei ligando em algumas creches, para saber um pouco sobre a realidade de parte delas. Num papo bastante descontraído, a gente acabou que sintonizando muitos assuntos, pensando de maneira idêntica em várias vertentes. Ao final da ligação, ela me agradeceu muito por tudo que fiz a ela. Abençoou-me e ainda reiterou que foi um prazer ter conversado comigo.

Ao desligar o telefone, uma enorme sensação de paz e tristeza me invadiu. Se pudesse, queria poder ajudar todo mundo que chega com algum problema. Isso traz uma sensação de “impotência”. Por outro lado, a paz veio pelo fato de acreditar que basta pouca coisa para alegrar o coração das pessoas: gentileza. E então pensei: Por que será que muitas pessoas não se entregam aonde quer que estejam?

Eu mesmo ligo diversas vezes, em vários setores, da cidade ou região, e fico transtornado com a falta de importância que dão aos problemas de quem quer que seja. Claro que há ótimas exceções. Mas mesmo assim, um retorno, mesmo que negativo, pode culminar em respeito para quem aguarda por ele.

Enfim, algo precisa ficar claro: Esta senhora me fez um bem, e eu é que me senti completamente fascinado pela sua simplicidade e alegria em viver.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Pálidas anotações

Eu não sei mais o que fazer.
O meu egoísmo clama para que você fique, e não feche a porta.
Mas sei que não sou capaz de te fazer feliz.
Sei que estou longe e distante de ser o que você quer pra você.
Eu não tenho direito de te impedir...

Talvez eu seja a pessoa mais complicada deste universo.
Eu juro que eu pensei que não seria tão difícil...
Não podemos deixar de ser a gente mesmo.
Não vou te mudar. Não me mudarás.
Continuarei sendo fã de Maria Rita, Calcanhoto e Bethânia.
Mesmo que a porta venha a fechar...

A verdade é que dentro de mim há vulcões imensos de saudades.
A culpa não é sua, nem minha, talvez nem nossa.
Eu não sei como fazer para que você possa me compreender.
Eu não sei mais te compreender.
Sabe aquele brilho de maio?
Não há mais em seu olhar.

Há no meu.

Mas ele está piscando.
Ruindo... Esfarelando.

E o que fazer?

Soa... Soa...
Sino! Suspiro!

O vento bate em meu rosto.
E estas noites mal dormidas?
Que carregam culpas inexistentes em mim mesmo?

Não posso mais me culpar tanto assim.
Eu tentei abrir mão de mim!
Não consigo.

Você exige coisas mirabolantes.
Não posso te dar...

Você também não quer me dar.

Fiquemos em silêncio então.
Ensurdecedor silêncio.
Que silencia o orvalho da humanidade.
Que queima a alma. Rasga o coração, aos poucos.
Voltarei a me embebedar de vodkas, destas das mais baratas.
Não me importo mais com as cinzas que sobrevoam o meu quarto... Os meus cadernos!

De fato queria hoje beber até a mim.
E me cuspir um novo ser-humano.

Mais seu.
Menos meu!

Não sei te completar...

E receio que, nesta vida, não estejamos aqui para completar a ninguém!

Nascemos completos.

Nascemos completo?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Só comida?

"A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". Se Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer e Sérgio Britto, compositores da canção “Comida”, no ano de 1987, já previam que a sociedade necessitava da arte e da cultura assim como outros bens fundamentais à nossa existência, imagine o quanto esta composição ainda se encaixa nos dias atuais, com o excesso de informações e a ignorância política crescendo cada vez mais.

O que era para ser de todos, pertence apenas à elite de uma sociedade em que a banalização da cultura é mostrada todos os dias, com o novo grupo de axé, pagode, funk, etc. O que vale mesmo é ser o mais ridículo possível... E, mostrar os nossos valores reais? Pouco importa. Alias, nada importa, a não ser estar com o corpo todo sarado e o bumbum dentro dos parâmetros estabelecidos pelas revistas de moda.

Por trás desses disfarces todos, há uma agravante que vai para além dos nossos olhos: O que há com o que é nosso? Como podemos exigir os nossos direitos? Como podemos ter acesso aos patrimônios culturais se eles custam caros? Mas, oras, não eram para ser, por direito, de todos nós?

Como podemos assistir a shows dos grandes mestres da música popular brasileira, referencial em todo o mundo, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, se o custo para isso é muito além da nossa realidade?

Mais do que grandes espetáculos ao ar livre esporadicamente, para a comemoração de datas especiais, o país necessita de uma política pública cultural com urgência, a cultura anda de mãos dadas com a educação. Enquanto esta educa e leva o indivíduo ao conhecimento, a cultura permite que as pessoas tornem-se mais capazes de lutarem por suas opiniões, mostrando a realidade dos fatos, permitindo que a sociedade deixe de agir de forma passiva a tantos abusos impostos, sejam estes políticos, educacionais e econômicos.

A verdadeira revolução possível é a cultural. Com a arte, podemos tirar as crianças das ruas, do mundo do tráfico, e trazê-las para o mundo das cores, das possibilidades, ensinando-as a preservar os prédios públicos, a valorizar as suas manifestações de pensamentos e habituar com as ações culturais.

No caso específico da cidade de Limeira, interior de SP, os festivais de música e de teatro têm dado um novo gás à população, esta que traz o tom para tais manifestações. As poltronas do Teatro Vitória (único teatro municipal da cidade) ficam lotadas de gente que não perde as apresentações artísticas. As ruas, com os espetáculos da categoria “teatro de rua”, chamam a atenção de todos que por ali passam.

Diante desse cenário, nota-se uma mistura agradável no público: é a criança que nunca teve chance de assistir a um teatro – que nem pisca os olhos com medo de perder algum gesto ainda melhor -, são os senhores e as senhoras que também nunca tiveram a chance de frequentarem um teatro, por acharem que a cultura é algo caro, o público que sempre acompanha a agenda cultural do município, etc. São todos espectadores buscando uma saída de emergência para a cabeça, que anda tão alienada pelos meios de comunicação, com a falta de esclarecimento e excesso de sensacionalismo. Com a arte, é possível respirar. É possível encontrar, dentro da alma, a emoção transbordada por uma palavra articulada, uma voz afinada, uma canção que traz saudade, amor ou dor.

Precisamos, com urgência, valorizar mais a cultura. Os governos precisam entender que esta seria a solução para uma sociedade melhor, menos violenta e conturbada. A cultura, quando acessada, desperta sentimentos escondidos em todos os indivíduos. E a troca não é unilateral. A cultura proporciona à pessoa uma incrível sensação de paz e inquietação... E, por sua vez, o sujeito busca um eterno encontro com a sua maneira de expressar-se, sem medo, sem receio... Acreditando em si. Triste contradição: acreditar em si vale mesmo a pena nesse mundo de tantas inversões de valores? Com a arte há a certeza que sim!

Busquemos sim a nossa comida! O mundo anda muito globalizado, o capitalismo potencializa tanto a desigualdade, e sem comida não há vida. Mas não deixemos de buscar (e lutar) pela cultura! Vamos dar as mãos. Acreditar no que é nosso. Valorizar o que é nosso. E, em coro, ecoarmos a canção escrita há mais de 20 anos, que diz tanta verdade. E, em reflexão, ficam as questões: “Você tem sede de que? Você tem fome de que?”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Eleitos delegados para a Conferência Estadual da Cultura

População defende cultura democrática e orçamento participativo na elaboração dos projetos artísticos em Limeira.

Ocorreu no sábado, 17 de outubro, o debate da Conferência Municipal da Cultura, na Câmara de Limeira. Além de dezenas de propostas apresentadas pela sociedade civil, para as fases municipal e estadual, houve a eleição dos delegados que representarão o município na discussão estadual da conferência, que acontece na segunda quinzena de novembro. A realização da Conferência foi da Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura, Associação Cultural e Técnica dos Artistas de Limeira (Acarte) e Câmara, contando com o apoio do Instituto Superior de Ciências Aplicadas (Isca).

Representantes dos mais diversos gêneros das artes marcaram presença e apresentaram propostas e ideias em relação à cultura de Limeira e do estado de São Paulo. Segundo o diretor do Centro Cultural e Bibliotecas, da Secretaria da Cultura, Juraci Rodrigues Soares Requena, “o público participante fez pontuações importantíssimas para a cultura da cidade”.

A mediação da Conferência foi ministrada pelo secretário da Cultura, Adalberto Mansur. O secretário afirma que as discussões foram válidas e ofereceram uma grande vitrine dos anseios da população.

Para o vereador professor José Farid Zaine (PDT), a realização da Conferência confere um grande avanço à cidade no sentido da participação popular que “sempre que consultada elabora novas e ótimas parcerias com o Poder Público”.

Delegados
Foram eleitos, para defenderem as propostas do município, cinco delegados, que são: Lucas Barbosa Barel, Liege Vicente, André Assunção, Fernanda Moreira e Otacílio Monteiro.

A jovem Fernanda, 22 anos, mostra-se otimista para auxiliar e argumentar, no estado, a participação do município. “Vamos defender propostas de uma cultura mais democrática e um orçamento participativo, sintonizando a sociedade civil com o governo, para que ideias já existentes sejam fortalecidas e novas possam surgir”, cita.

De acordo com ela, dois foram os temas mais abordados na Conferência: A criação do Conselho Municipal da Cultura e a implantação da Lei 2702/94, que institui na cidade, incentivo fiscal para a realização de projetos culturais, a ser concedido a pessoa física ou jurídica. A proposta é também conhecida como a “Lei Farid”.

Os temas discutidos na Conferência foram: 1 - Produção Simbólica e Diversidade Cultural; 2 – Cultura, Cidade e Cidadania; 3 - Cultura e Desenvolvimento Sustentável; 4 - Cultura e Economia Criativa; e 5 - Gestão e Institucionalidade da cultura.

Em 19 de outubro de 2009

Discussões da Conferência Municipal da Cultura em ritmo acelerado

Na manhã deste sábado, 17 de outubro, iniciaram as discussões da Conferência Municipal da Cultura, na Câmara de Limeira. Cerca de 100 pessoas, confirmando gerações diferentes, estão representando os mais diversos setores das artes. Neste primeiro momento, foram divididos grupos, que se transformaram em eixos, para os debates dos cinco temas propostos pela Conferência (veja os temas abaixo).

Hip-hop, literatura, música popular, artes cênicas, produção cultural, orquestra, escolas de arte e a arte clown estão sendo representadas pela população. O secretário da Cultura, Adalberto Mansur, e o vereador professor José Farid Zaine (PDT), estão participando das discussões, que devem ocorrer até às 16h.

Marcelo Pereira Gonçalves, 26 anos, representante do movimento do hip-hop, observa que este tipo de manifestação aproxima o hip-hop de lugares que, nem sempre, consegue atingir. “É uma troca de experiências do movimento com outros setores da cultura”, explica.

O produtor cultural Vagner Fernandes (25) pensa que a Conferência poderá fortalecer um antigo sonho da classe artística, que é a criação de um Conselho Municipal da Cultura que, a princípio, “poderia ser conduzida pelas próprias lideranças atuais locais”.

A violoncelista Andreza Zacabi (26) acredita que duas importantes tarefas ampliariam o acesso à cultura à população, com recursos financeiros e novos espaços físicos: “Há uma carência nestes aspectos, que dificultam, muitas vezes, o andamento do nosso trabalho”, explica.

O ator Eliseu Pereira (43) está satisfeito com a primeira parte de debates. “É uma ótima oportunidade para conhecermos o que as pessoas querem e desejam da cultura, apresentando propostas”

Para Mansur, “a discussão está interessante e, mais do que isso, as políticas públicas e as iniciativas pontuais necessitam que sejam muitas vezes sinalizadas pela sociedade, que aponta o que quer na área da cultura, além do que já está sendo oferecido”.

Farid vê, com alegria, a realização desta Conferência. “Esta é a minha bandeira, fiz isso em toda a minha vida pública, defendendo a cultura, seja nos eventos que criei ou nos projetos que apresentei, como os mais recentes que transformam os festivais de música Canta Limeira e FestiAFRO e o Festival Nacional de Teatro em leis, protegendo-os dentro da programação cultural da cidade”, diz.

Na segunda parte do evento, programada para acontecer a partir das 13h, as propostas idealizadas pelos eixos irão ao Plenário para votação. As que forem aprovadas serão levadas à Conferência Estadual da Cultura pelos delegados representativos do município, que também serão escolhidos na tarde de hoje.

Os temas discutidos são: 1 - Produção Simbólica e Diversidade Cultural; 2 – Cultura, Cidade e Cidadania; 3 - Cultura e Desenvolvimento Sustentável; 4 - Cultura e Economia Criativa; e 5 - Gestão e Institucionalidade da cultura.


Em 17 de outubro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Moviologia está na final

Pessoal,

Cinco estudantes de Publicidade e Propaganda da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep) fizeram um curta-documentário com uma breve história sobre o cinema, chamado "Moviologia", para o projeto "Jovens Produtores" da OI. Fui convidado por elas para ser o apresentador do projeto e me tornei fã do talento, criatividade e competência dessas estudantes. Foi uma experiência muito significativa e prazerosa.
No total, 4 projetos estão na final e "Moviologia" garantiu vaga! Agora, o projeto segue para votação popular ao lado dos outros três vídeos concorrentes.
Entre as estudantes, Nathália Sorg é limeirense e cursa publicidade e propaganda. Ou seja, há dois limeirenses no "Moviologia".
O vídeo só poderá ser visto online após exibição na "OI TV", em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Porém, a votação popular já está aberta!


Caso o projeto seja escolhido pela votação popular, a responsável pelo projeto, Renata Lameira, ganha um curso de 4 semanas na New York Filme Academy, nos Estados Unidos, com passagem, hospedagem e ajuda de custo incluídas. As outras integrantes poderão ir para o Rio de Janeiro, para um estágio na "OI TV".

O projeto "Jovens Produtores" é desenvolvido pela OI com as universidades. O objetivo é abrir espaço para a produção de conteúdo para o público jovem, fomentar a produção estimulando a inovação, difundindo as ideias de estudantes brasileiros e incentivando-os a criar programação multimídia.

"Moviologia" é um curta-documentário sensível e bem humorado, trazendo a evolução do cinema e a sua história que se confunde com o dia-a-dia das pessoas e os avanços tecnológicos e sociais ao longo dos anos. Entre os filmes, estão "Tempos Modernos", "E o Vento Levou", "Cantando na Chuva", "Titanic", "Matrix", "Tropa de Elite", e outros.

As gravações foram nos laboratórios da Unimep com externas em Piracicaba, em lugares considerados "cartões-postais" como Engenho Central, Museu da Água e Praça José Bonifácio. De uma cena para a outra, faço breves considerações sobre o cinema.

"Moviologia" tem 8 minutos e 40 segundos e logo deverá estar disponível no site da OI para que todos tenham acesso. Até o momento, o site disponibilizou apenas o vídeo em que as estudantes de publicidade pedem o voto para o público. Porém, como já disse acima, a votação popular já teve início. Votem em "Moviologia" no site: http://jovensprodutores.oi.com.br/programas/finalistas.php

Ficha Técnica - Moviologia:
Direção: Renata Lameira (5º Semestre Publicidade e Propaganda-Unimep)

Integrantes / Produção:Francine Cegantini (5º Semestre Publicidade e Propaganda-Unimep)Vanessa Ribeiro (5º Semestre Publicidade e Propaganda-Unimep)Rafaela Malosá (5º Semestre Publicidade e Propaganda-Unimep)Nathália Sorg (5º Semestre Publicidade e Propaganda-Unimep) LIMEIRA

Apresentação:Ronald Gonçales (2º Semestre Jornalismo-Unimep) LIMEIRA

Obrigado pelo apoio.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Catarse após pânico

Este final de semana quase ocorreu um acidente feio envolvendo eu e uma pessoa muito especial. No final, deu tudo certo, graças a Deus. No entanto, é estranho quando a gente nota que a vida é mesmo limitada. Em segundos, um filme se passa em nossa mente e depois, do “quase” nos envolvemos numas reflexões infindas. E, principalmente, notamos o quanto deixamos de sermos felizes AGORA, pois somente é assim AGORA. O tempo é muito valioso para que deixemos de dizer às pessoas que amamos o quanto as amamos. Também é preciso ter coragem de pedir perdão, desculpas, sem deixar que o orgulho fale mais alto.

De situações tensas é que devemos tirar as melhores lições. Infelizmente, às vezes, só em momentos delicados é que notamos o prazer que é estar vivo AGORA. O fato de as pessoas que ama também estarem vivas AGORA já é um milagre tão perfeito e deixamos de notar...

Sei que a mão de Deus esteve presente neste final de semana, como está – todos os dias – e, egoistamente, deixamos de observar.

Sei que sou um cidadão feliz. Trabalho, estudo, tento fazer a diferença todos os dias, por que é essa a verdade: todos os dias estamos sujeitos a muitas coisas, boas e ruins. Mas depende apenas do seu próprio ponto de vista avaliar se você pode ser melhor pra você mesmo. E é possível.

sábado, 29 de agosto de 2009

Vereador de Rio das Pedras (SP) quer moeda própria para a cidade

Proposta de parlamentar pode agitar pacata cidade do interior paulista nos próximos dias

A pequena cidade de Rio das Pedras (SP), que conta com aproximadamente 30 mil habitantes, encontra-se num debate intenso nos últimos dias. O vereador – presidente da Câmara - Elizeu Góis (PSB) está estudando apresentar, nas próximas semanas, projeto de lei que cria moeda exclusiva no município. O objetivo, de acordo com Góis, é fortalecer o comércio local e reduzir a relação de dependência excessiva da população em relação ao comércio de Piracicaba, cidade que se encontra há poucos quilômetros de Rio das Pedras.

Conhecida por ser uma marca do ciclo cafeeiro e dos lendários barões de café, Rio das Pedras, que tem na cana-de-açúcar a sua principal base econômica, poderá ter essa moeda própria, como já ocorre na cidade de Fortaleza – capital do Ceará. Lá existe o "Banco Palmas", fundado a partir de um projeto social de um complexo de habitações populares e favelas, chamado "Conjunto Palmares". Há mais de 10 anos o "Palmas" – dinheiro de circulação local, com valor idêntico ao real – existe e tem dado certo, servindo de modelo para 44 bancos populares espalhados pelo Brasil.

De acordo com Góis, o exemplo do Banco Palmas de Fortaleza será útil, porém não há um modelo que se encaixe exatamente com a necessidade de Rio das Pedras. "Vamos ter de pegar um pouco daquilo que vem dando certo em cada um dos projetos já existentes e analisar se não há alguma particularidade que seja exclusivamente nossa para incluirmos no projeto", explica.
No Sudeste brasileiro a primeira cidade a adotar o sistema é a carioca Silva Jardim, onde já está em andamento a implantação do "Capivari" – dinheiro para circular apenas nessa cidade.

Mais informações podem ser obtidas no telefone da Câmara de Rio das Pedras, (19) 3493 2321.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

História

A esperança do banheiro
Ronald Gonçales

Era uma noite fria. Em algumas horas, o avião chegará no aeroporto. Pelo seu quarto, roupas e mais roupas esparramadas. O maço do seu cigarro já se esgotava pela sexta vez no dia. Existiam muitas expectativas, mas, sobretudo, aquela saudade que queimava o seu peito e dilacerava a sua garganta ruidosamente. Sim, há seis anos atrás, a terrível despedida confirmava que o fim era para o bem. Mas não foi e, desde então, Laurie sonha com o retorno dele.

Por uma amiga que há tempos não via, Laurie soube da volta de Frederico. E foi de repente, tanto quanto a vida e as suas surpresas do dia-a-dia. Desde a despedida que Laurie não recebia notícias de Frederico. A ideia era a de não se encontrarem mais. Mas como? Durante todos esses anos, em nenhum momento, Laurie deixou de pensar em seu amado. Não, em nenhum segundo, talvez em nenhum milésimo. Mas havia a esperança do reencontro.

Antes de tomar o táxi para o aeroporto, e ao desligar a última luz do apartamento, Laurie fechou os olhos, encheu-se de coragem e confiança, perfumou-se novamente e sorriu levemente. Nem sei há quanto tempo que não reparava mais no sorriso brilhante de Laurie. Desde que Frederico partiu, era como se um cadeado fosse trancado em seus belos lábios e aquela sua “vidinha”, tão sem graça, tão monótona e tão chata, ganhasse e roubasse todos os espaços. Há anos que mais parece muda como uma planta: é só trabalho, apartamento, televisão e, em seus olhos, uma amargura que sinto ao visitar cemitérios.

Mas lá se vai Laurie. Exuberante, tão radiante quanto ao brilho solar, com o seu aroma que chega até aqui, na minha sacada. Devo segui-la? A razão diz que não. Há tempos que as minhas voltas pela cidade ocorrem apenas quando as dela despertam. Mas o coração diz que sim. Cara ou coroa na moeda de um real é uma boa alternativa... Se der cara, vou atrás dela, se a sorte anunciar coroa, fico aqui, na ansiedade de seu retorno. Ah, deu cara!

(...)

Como esse aeroporto é grande. E como pessoas vem e vão o tempo todo. Aqui a impressão que se dá é que a vida é ilimitada e os sonhos – que se encontram – imensos.

Ah, lá está Laurie, na espera. Linda! Como me faz bem vê-la assim, mesmo que o motivo desta alegria encantadora seja Frederico. Por ele, guardava raiva, ódio, inveja e pavor. Se pudesse, o abençoaria com um soco que desconfigurasse o seu belo rostinho com olhos verdes. Mas não posso, pelo contrário, desejo tanto que ele logo chegue.

Já eram mais que dez horas da noite. O horário da chegada do vôo de Frederico estava previsto para as nove. Mas Laurie ainda estava lá, com a mesma alegria de horas atrás.

(...)

Novo tumulto, novas pessoas e, Frederico lá. Mais gordo do que da última vez que o vi. Ele está de mãos dadas com alguém. Laurie se esconde atrás de um telefone público. Eu continuo agora a observar Frederico. Uma mulher, a Alice, meu Deus! A Alice? A melhor amiga de Laurie que, pouco antes da partida de Frederico também viajara à Inglaterra. Frederico segurava na mão esquerda de Alice que, em sua mão direita, apertava fortemente a mão de uma pequena que trazia o mesmo olhar esverdeado de Frederico. Uma família. Uma nova família, a de Frederico.

Foram poucos minutos que me desconcentrei da presença de Laurie e, quando notei, ela já não estava mais escondida no telefone público. Deixei Frederico para lá e corri para tentar encontrar Laurie. Onde estaria? Lembrei-me de algo importante, sempre que o telefone tocava em seu apartamento, Laurie antes corria para o banheiro. Era uma forma de renovar as esperanças ao se olhar no espelho enfim, todos esses anos, ela aguardava a ligação do amor de sua vida. Fui a vários banheiros do aeroporto e quando estava quase desistindo, um tumulto no banheiro do outro lado do aeroporto me chamou a atenção.

Laurie estava lá. Desta vez morta com os pulsos sangrando e a sua vida tragicamente finalizada. Coloquei-me a chorar. Para sempre havia perdido o meu grande amor. Para sempre!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Êh, Seu Paulo!

Ontem, durante as aulas de Teoria da Comunicação, com a professora Rose Bars, os alunos se encaminharam até a Biblioteca da Unimep para uma visita a uma exposição que traz capas da Folha de São Paulo de momentos importantes que o Brasil viveu, como o impeachment de Collor, a eleição (e reeleição) de Lula, o penta da Copa, a morte de Ayton Senna, Diretas Já, e outros.

Durante a visita, um simpático senhor estava na área. Aparentando ter os seus 70 anos, com um boné azul marcado com uma logomarca de alguma loja de tintas piracicabana, de óculos, calça larga, tênnis e camisa... Enquanto a professora nos explicava alguns pontos importantes comparando-os com as teorias da comunicação, lá estava quieto o senhor, com as mãos no queixo, avaliando cada centímetro da exposição.

De repente, a surpresa: “Eu trabalhei na Folha na década de 60”, disse – timidamente – o senhor. A atenção de todos se virou a ele. “Fui arquivista da Folha”, explicou – todo orgulhoso.

Mais do que depressa, fizemos uma roda em volta do Senhor Paulo. Ele começou a nos contar muitos detalhes da época. Um fato que chamou muito a minha atenção foi quando ele se lembrou da ligação que anunciava a morte de Carmem Miranda. “Era fã dela, e o meu dia de plantão no jornal. Recebemos a ligação e ficamos tristes com a notícia”, revelou o senhor, com os olhos brilhando.

Entusiasmado, Paulo começou a conversar conosco sobre como funcionava o seu trabalho: “Nós arquivávamos as edições da Folha manualmente, dava um trabalho grande, não tinha toda essa tecnologia de hoje”.

Enfim, foram poucos minutos de um prazer imenso. O “Seu” Paulo, como logo a classe começou a chamá-lo, prometeu uma visita nos próximos dias para expor algumas fotos suas de trabalho. E a gente fica aguardando, com ansiedade!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A arte de errar...

Tudo o que faço tento dar o meu máximo. Na verdade, aprendi muito disso quando trabalhei com produções culturais na Secretaria Municipal da Cultura (2005 – 2008). Em certos eventos, um errinho poderia comprometer toda a estrutura de um evento. No início, trabalhar assim era terrível. Parecia que depositavam em certos funcionários um prédio pesando toneladas nas costas. Era muita pressão! Depois, com o tempo, isso se torna adrenalina e todo o medo se torna um passaporte a mais para darmos o nosso sangue e aproveitarmos isso da melhor forma.

Nesta trajetória (na cultura) conheci muitas pessoas que valem a pena e estreitei os meus contatos com artistas talentosíssimos. Aos poucos, apesar de me dar ao máximo nas produções que efetuava, comecei a lidar melhor com a pressão natural das produções. A gente sempre sabia que, de última hora, alguma bomba iria estourar e, em segundos, você precisaria inventar uma forma para que tudo aquilo não chegasse até o público – energia vital para que nossas metas se tornassem ainda mais possível para outros eventos...

Mesmo assim, erros sempre surgiam. Não sou muito de ficar me justificando. Se erro, peço desculpas, assumo logo a culpa e pronto. Sou daqueles que acha que um erro é importante para que a sua vida profissional ganhe mais maturidade e até mesmo qualidade. Por ser muito ousado – e ansioso – os meus maiores erros sempre estiveram ligados pela fobia em transformar aquela ideia em algo consolidado. Já bati muitas vezes a cabeça por conta disso e, receio, que ainda baterei muitas outras.

Agora, trabalhando com assessoria do vereador Farid Zaine, os erros se transformam em problemas muito maiores. E – definitivamente - trabalhar com política sempre nos deixa à margem de estarmos fazendo algo errado o tempo todo. As pessoas estão desacreditadas, decepcionadas, enfim... Não há fé na política – o que eu, particularmente, acho uma pena.

O fato é que, nas produções culturais, acabei tendo envolvimento com os veículos de comunicação da cidade. Farid – que na época era secretário – me deu a missão de dar um “novo ar” para a área de comunicação da Secretaria da Cultura. Assim o fiz. Começamos modificando o site da pasta, com atualizações mensais dos eventos, notícias, álbum de fotos, curiosidades e outras coisas. No site, fizemos uma espécie de “blog” e a resposta acabou sendo muito positiva.

Logo depois, fizemos uma comunidade no Orkut, a “Cultura - Limeira”, que tomou uma proporção inacreditável. Em dias, foram centenas de pessoas que começaram a se envolver com as produções culturais e - todos os dias - recebíamos e-mails elogiando pela adoção deste instrumento para a divulgação dos trabalhos culturais.

Uma vez, ao sair de um evento, o “Canta Limeira” (que era uma delícia), fui comer com a equipe no Hard-Chopp 1. Ao sentarmos na mesa, uma mulher me chamou um instante. Fui até ela, que me questionou: “Você é o Ronald da Cultura?”. Respondi que sim, com um sorriso. Ela então me revelou que estava na comunidade do orkut e que havia vindo de Minas Gerais para ver o Canta Limeira, depois de um comunicado enviado por aquela comunidade.

Fiquei lisonjeado pela presença dela. Agradeci muito e, desde então, sempre que possível, Mariella vinha até Limeira, assistir a algum evento cultural por aqui.

Em contrapartida, comecei a “esboçar” alguns releases em que divulgava aos eventos da pasta cultural. Lá eram praticamente de dois a três informativos por dia. A resposta foi positiva mais uma vez e, então, comecei a me apaixonar muito por jornalismo.

Tinha em mente que queria fazer jornalismo e comecei a divulgar isso aos, agora, amigos da comunicação de Limeira. E foi uma experiência muito bacana! Abri o meu e-mail para que os interessados pudessem sempre me enviar sugestões nos releases que produzia... E deu certo. Recebia sempre críticas construtivas, apostilas, dicas que diferenciam um texto comum de um texto jornalístico, enfim: uma troca gostosa e prazerosa de informação. A mim, tudo foi muito produtivo.

Na época, portanto, não havia disponibilidade para que o meu sonho – de iniciar um curso de graduação na área de comunicação – se consolidasse. E é tão estranha a sensação de se ter a certeza do que fazer e não ter tempo hábil para isso.

Depois, fui convidado a uma nova trajetória profissional, a de assessorar o vereador Farid na Câmara Municipal. Aceitei por vários motivos, entre eles: sou admirador nato de Farid e de suas conquistas culturais para Limeira, haveria como conciliar, embora de forma bastante conturbada, a minha graduação e o meu trabalho e também (talvez o principal deles) um novo objetivo profissional: a gente sempre aprende. Sou ariano, então, já sabem o quanto adoro novos desafios!

E então, aos poucos, “fui chegando...”. No início não foi fácil (lembram-se que citei acima sobre a pressão e tal, que na época rolava também na Cultura). Pois é. Um novo trabalho totalmente diferente daquele que elaborava na Secretaria... Depois, as novas ideias, como o blog, o informativo on-line, o informativo impresso, o twitter, etc. Agora, já na faculdade, embora no 1º semestre, já aprendendo uma série de detalhes que fazem a diferença na hora de lidar com a comunicação geral.

Ainda não tive a disciplina Assessoria de Imprensa, que deve ocorrer apenas no 5º semestre. Mas como sou abusado, acabo observando muito os meus amigos que já trabalham brilhantemente neste “setor”, e comecei a inventar coisas, a tentar fazer – de alguma forma – a diferença em meu trabalho... Por que poucos sabem, mas sou apaixonado por isso e tenho orgulho das pessoas que estão por perto, ao meu redor.

O fato é que os erros continuam surgindo. Seria tolo, de minha parte, afirmar que gosto de errar apenas para aprender. Não gosto. Prefiro não errar. Mas se erro, levanto a minha cabeça e prossigo na luta por novos ideais. Mesmo por que “quem aqui é capaz de dizer que não erra?”.

Hoje retorno ao 2º semestre do meu sonho, depois de umas férias bem prolongadas, por conta da gripe suína. Lá, no mesmo barco, encontrarei pessoas em busca da concretização dos mesmos sonhos... E toda aquela vivência acadêmica volta a fazer parte da minha vida. A minha turma é bastante eclética, mas muito unida. Voltamos com novas perspectivas, depois de um 1º semestre revelador, como a queda do diploma para se exercer a função de jornalista. Apesar dos poucos meses de convivência já posso afirmar que somos uma grande família. E é naqueles abraços que busco ainda mais força para que os meus erros não sejam encarados como fraquezas e sim como uma valiosa coragem. A coragem de encará-los de frente. Talvez tenha mesmo uma visão “romântica” quando dizem que “não vejo maldade nas pessoas”. Não mesmo... E não quero aprender. Estou bem, com os tombos, com as alegrias... Com tudo. Estou aqui mesmo para evoluir e, principalmente, conquistar valores que realmente valem a pena na vida: como amigos que são tesouros e simplicidade nas ações.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Um pouco de dor

Foi hoje que ocorreu-me algo que há anos eu não fazia. Vasculhei fotos antigas! Acabei chegando mais cedo em casa, ando cansado, exausto para ser mais específico. Eu tento tanto ter tanto otimismo todos os dias, mas às vezes, reflexões temerosas tornam as minhas noites dias. Há alguns meses tenho pensado muito em meu pai. Poucos sabem sobre essa história. Eu sou tão feliz, tão pra frente que, por vezes, tenho medo de expor meus sentimentos fracassados. Quando eu tinha 6 anos, o meu super-herói foi embora de casa, para morar com outra mulher. Foi o pior momento que tive em minha vida, certamente. O meu pai era aquele homem que servia de exemplo pra todos. Ele me dava tantos beijos antes de partir ao trabalho. Fazia festas surpresas no meu aniversário. Sim, eu era pequeno mas, um dia, lendo um livro, ouvi que as melhores coisas que vivemos ficam marcadas em nossas lembranças para sempre. Estes episódios todos têm ficado marcado em mim e, sempre que me lembro, corta o meu coração e rasga a minha alma. Sinto saudades!

E, torturosamente, lembro-me de algumas cenas que fingo esquecer. Quando o casamento de minha mãe e de meu pai foi por água abaixo (foram 23 anos de casamento, feliz), a minha mãe entrou numa depressão horrível, ainda mais por conta da traição de meu pai com essa outra mulher. No início, tentei - mas fracassou - pedir ao meu pai para voltar. Ele ria, algumas vezes, dizia-me que era para parar de encher o saco dele. Encher o saco dele? Eu era apenas uma criança desesperada pelo super-herói que partira. Na minha cabeça, naquele momento, tudo foi muito complicado. Eu não entendia nada do universo dos adultos. Hoje compreendo melhor.

Acontece que, com o passar do tempo, com o crescimento mesmo... Eu fui me acomodando a ter um pai ausente. A minha mãe é que estava em todas. E, engraçado, ela sempre tentou mostrar-me o quanto que o meu pai era importante em minha vida, que eu deveria ir vê-lo, esquecer o que havia ocorrido...

Nunca consegui!

Talvez, ninguém que não tenha passado por isso sabe ao certo o que isso significa. Por isso é fácil, e simples, dizer: "já passou". É... Já passou mesmo, mas há marcas e cicatrizes que nos acompanham para sempre.

Sabe, eu já perdoei o meu pai pelos seus erros. Mas nunca vou aceitar essa outra mulher em minha vida mesmo. Talvez eu esteja errado. Talvez não... Mas ela quem chegou. O meu pai errou também, claro que errou, ele era casado. Mas foi ela quem chegou.

Tive uma infância diferente da maioria dos garotos. O Ricardinho, meu amigo de infância, não sabe o quanto ele e o seu pai foram importantes para mim. A minha mãe educou-me muito bem... Mas faltava a presença do paizão mesmo. O Japão - pai do Ricardinho - indiretamente tornou-se essa figura para mim.

Desculpem-me se as palavras ficaram desconexas. Mexer no passado arde tanto o peito. Mas é preciso!

Eu necessitava ver Japão todos os dias. Por vezes, nem conversávamos... Ele sempre foi quietão. Mas bastava um olá, um tudo bem, que o meu coração já disparava... Era como seu o meu próprio pai falasse comigo.

Em minha cabeceira, há uma foto antiga, que o meu pai aparece nela. Sem camiseta, com aquele olhar sedutor que acertou o coração de minha mãe. Na foto aparecem ela também e o meu irmão do meio, Rodrigo, e eu. Era um momento feliz. O nosso jardim era verde, as paredes pintadas, as flores vivas e coloridas, os sorrisos eram honestos... Da alma! Éramos uma família tão feliz e, o que me dói, é que ainda lembro muito bem disso e desse momento.

Poxa, eu tenho tanto medo, sabe? De sentir esse peso da ausência o tempo todo da minha vida. Eu já tenho 24 anos. Sou homem. Trabalho desde os 12... Me viro. Faço faculdade... Sonho em dançar valsa com a minha mãe. Vejam, já fazem quase 20 anos mas, sempre que tudo isso vem em minha cabeça, é como se fosse ontem.

Os berros e as lágrimas de minha mãe implorando para que o meu super-herói não se fosse. O amor dela agora não mais correspondido. Os meus irmãos tendo que ajudar no sustento de casa... Mas, acreditem, o que mais doía era a ausência dele nas reuniões escolares. Era ele não reservar mais os sábados para que - apenas eu e ele - fôssemos soltar pipas no Limeirão, ou jogar um futebol na caixa d´água perto de minha casa... Era essa ausência mesmo que mais doía! Gente, doía muito.

Hoje o meu pai não está bem. Vítima de diabetes encontra-se num estado bastante crítico. Depois de anos fui visitá-lo, um pouco depois do ano novo de 2009. Não o reconheci. Chorei feito criança.

Ele não enxerga mais. Eu queria falar com ele, mas as palavras perdiam força para as dilacerantes lágrimas. Apertei a sua magra mão direita. A beijei. Escondendo o choro, rezei muito por ele e o perdoei. Por tudo! Tudo mesmo. Aliviou.

Não o vi mais. Mas a foto prossegue na cabeceira de meu quarto, inventando um mundo feliz, inventando uma realidade que jamais voltará. E quando lembranças me invadem, choro e escrevo. Mas sei que esta é a saudade que jamais será saciada. São muitos momentos roubados...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Bonitos que ficam feios

Ultimamente pouco tenho assistido televisão. O trabalho, os estudos e a vida pessoal têm sido mais importantes do que a televisão. Ontem, porém, assisti um pouco “A Fazenda”, pois, até então, não tinha visto nada.

Estava à toa em casa depois de um dia sem sal nem açúcar. Liguei a TV para ver quem iria colocar o “pé na estrada”. Foi a Babi, merecidamente, diga-se de passagem. Ela julga muito o comportamento dos outros. Acaba sendo julgada também.

Gostei dos vídeos que vi da Danni Carlos, a loirinha que fala pouco, tão criticada pela Babi, que diz achar esse tipo de gente perigosa.

Coitada. A Babi vai ter um grande choque ao ver os vídeos do “reality show”. O seu ex ficante, o Miro, a humilhou em rede nacional. Embora não ache mesmo a Babi uma coitadinha, acho que o cara pegou pesado!

Isso vem ao encontro com algumas coisas que tenho observado sobre a vida, mais precisamente sobre a beleza. Algumas pessoas, altamente bonitas, consideram isso o valor exato de seus valores pessoais. Ih: Vão cair do cavalo!

Miro se acha lindo. E nós não somos cegos. O rapaz é boa pinta mesmo. Anda sem camiseta pra baixo e pra cima. Exibe um abdômen definido, braços fortes e um sorriso aberto.

Acontece que, o perigo, está dentro dele mesmo.

Mascarado por uma beleza arrogante, Miro detonou a Babi, criticando o seu cabelo e a sua postura. Revelou, inclusive, aos colegas de confinamento, que por ter 25 anos, não deixou barato e pegou pesado com a apresentadora embaixo do edredon.

Como se ter 25 anos fosse apenas isso!

Mesmo ficando com ela, falou e disse mal do comportamento pegajoso da moça. Exibia como troféu que pegou Babi e que agora não queria mais, assim, de forma tão descartável!

É engraçado, mas poucos bonitos são realmente interessantes. Não acham? Não sei, mas a maioria das pessoas que perde horas e horas para manter um corpo agradável faz isso apenas pela estética e não pela saúde. E vale tudo para ser a bonitona ou o saradão do momento! Tudo.

São pessoas que se acham as maravilhas do mundo, ridicularizando todos os outros. Na neurose de ser bonito a todo custo, esquecem de alimentar a cabeça, com livros, com amizades verdadeiras, com sentimentos que não se compram, conquistam-se.

Acabam que, com o tempo, enlouquecendo... Por que a vida passa para todos. E não adianta. Ninguém vive preso à própria beleza o tempo todo. Na hora que libertar-se, como ficará a alma?

Portanto, um conselho – se puder dar – cuide sim de sua beleza! Sinta-se bem e confortável. Mas não se permita ser escravo dela. Não pense que somente um bom corpo é o suficiente. Há outros valores – muito mais importantes – a serem conquistados. Não se perca. Por que então, a beleza fica tão feia! E se perder é tão fácil...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Ele não é mesmo um fofo? Eu pago um pau pra ele! Te amo, Ícaro!!!!!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Experimente

Hoje somos muito cobrados. No trabalho, na escola, nos problemas familiares, nos problemas a dois, na falta de dinheiro (ou o excesso dele), sobre as nossas opiniões, sobre o que pensamos, sobre a atitude que temos, enfim, vivemos numa sociedade bastante inquieta e que não se dá por contente nunca.

Na vida a dois, a cobrança é a mais complicada! Estranho o fato de nunca estarmos satisfeitos com a pessoa que está ao nosso lado. Mostramos isso, de forma individualista a todos, sendo egoístas e, muitas vezes, imaturos em nosso posicionamento, trazendo ao outro, uma incrível sensação de inutilidade.

A insegurança, o ciúmes exagerado, a falta de “ser quente”, a ausência do diálogo, são os principais ingredientes para que uma relação não tenha base. Penso, com veemência, que estar ao lado de alguém é muito prazeroso, principalmente pela liberdade que se pode ter, naturalmente, de querer a presença de uma outra pessoa em todos os fatores de nossas vidas.

Liberdade, hoje em dia, assim como tantos outros utópicos sentimentos, é muito confundida com sacanagem e libertinagem. É comum não acreditarmos mais que uma outra pessoa esteja ao nosso lado, simplesmente por querer estar ao nosso lado. Somos reféns de uma sociedade que não preza mais por valores de caráter que entendo serem fundamentais para o funcionamento do amor: respeito e Dignidade!

Claro que há outros fatores em um relacionamento, mas em todos eles, o respeito sempre anda ao lado e, muitas vezes, na frente do que sentimos.

Amo pela liberdade que esse amor a mim provoca. A liberdade de poder conversar com diversas pessoas, e conhece-las também, e, ainda assim, sentir falta daquele cheiro que entra pelas nossas entranhas e desenvolve a nossa alma. Sentir falta de um único beijo que estremece as pernas. Sentir falta de uma única junção de corpos que evapora até os pólos da derme. A liberdade de estar com os amigos, em um bar “maneiro”, bebendo umas cervejas e fazendo a observação humana e, em pensamentos, desejar, com toda a força, que essa pessoa especial esteja por perto, o tempo todo.

A liberdade de poder criar sonhos, de casamento, de filhos, de guardar grana. A liberdade de se contradizer, não por mentiras, mas por que, todos nós somos tão contraditórios. Diversas vezes temos um ponto de vista sobre um determinado assunto e, de repente, mudamos, invertemos ou simplesmente deixamos de ter.

Temos, dentro de nós, conceitos específicos que nos tornam seres humanos cheios de idéias e esclarecimentos, seja pela educação que temos (desde crianças), seja pela escola, pelos vizinhos, enfim: temos tantas opiniões que são nossas e de repente deixam de ser.

Eu acho de uma beleza ímpar isso. O ser humano propondo conhecer o novo em seu próprio relacionamento. É isso: ser novo o tempo todo, para não cair naquela monotonia desprezível que assistimos em novelas mexicanas. Não somos personagens, não podemos ensaiar a vida, que o tempo todo nos traz experiências que devem ser transportadas ao nosso coração!

Para o amor não podemos fugir! A gente precisa é encarar. Primeiro encarar a gente mesmo (o passo mais difícil), saber quem somos - o que somos - quem queremos ser... Depois, permitir-se conhecer o outro, com todas as suas ideias, diferenças... Desse modo, a relação poderá ser uma explosão deliciosa de prazeres.

Experimente!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um Ronald?

Fazia tempo que não lia algo que expressasse tanto o que sou. Fiquei emocionado com as suas palavras, irmã Sabrina:

"Vejo um Ronald que sempre se desdobrou para atender a todos. Sua família: suas responsabilidades de ajudar sua mãe, suas responsabilidades de irmão e de tio. Seu patrão: pois por mais que o Ronald e o seu chefe sejam amigos, o Ronald tem suas responsabilidades com o trabalho, e mais, parte do que o Ronald é hoje ele deve ao seu trabalho. Seu sonho: formar-se. Concluir uma faculdade. Dançar a valsa de formatura com a sua mãe! (Que desejo mais simples e mais nobre) E seus amigos: o Ronald ama seus amigos. E mais uma coisa, o Ronald respeita e dá valor às pessoas que passaram em sua vida, e que de certa maneira, ajudaram-no a crescer, seja pessoalmente, profissionalmente ou etc., porque estamos todos aqui pra evoluir. O Ronald não é perfeito, mas ele tenta ser, tenta dar o melhor de si para as pessoas e tudo ao seu redor".

Nem sei como te agradecer Sabrina. Nem sei!
Obrigado por me conhecer e, ainda assim, me amar.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Não têm sido fáceis esses dias de nuvens pretas no céu do meu interior.
Porém, sem muito questionar, eu vou caminhando de encontro a minha alma, que anda tão truculenta, cansada e desarticulada! Já passei por diversos outros momentos tensos de minha vida e tenho a plena convicção de que amadureci muito com as dificuldades. É certo quando dizem que depois das trovoadas, chega o arco íris para brotar em nossos corações novos risos que lavam a alma!
É um momento de risco, eu reconheço! Pode ser que aconteçam muitas coisas. Mas o fato é que estou aflito diante de tanta confusão! Logo eu que sempre fui forte? Sinto-me fraco. Distante verdadeiramente de mim e, pior ainda, de quem sou!
Desculpe às pessoas que querem estar próximo de mim nesses dias. Não posso. Por favor, me entendam. Entendam também que isso é para o meu bem. Temos que estar sempre disponíveis para nos encararmos.
Que medo é esse da solidão? Que medo é esse?
Não pensem que é egoísmo, por favor... Eu só preciso um pouco de mim agora.
Não tem nada de mágoa, de tristeza absoluta. Não! Continuo com bons prazeres ao meu lado, como o trabalho, a faculdades, as músicas de Maria Rita. Mas é que preciso estar comigo. Sintonizar-me. Achar-me. Encontrar para não me perder! Eu preciso lembrar de quem sou. De onde vim. O que objetivo em minha vida.
Estou comigo. Para que eu fique em paz! Em paz.
Um texto para aliviar um pouco, de Arnaldo Jabor:
Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:- ‘Ah, terminei o namoro… ‘- ‘Nossa, quanto tempo?’- ‘Cinco anos… Mas não deu certo… Acabou’- É, não deu…?Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro.E não temos esta coisa completa.Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.Tudo nós não temos.Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.Pele é um bicho traiçoeiro.Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona…Acho que o beijo é importante…e se o beijo bate…se joga…senão bate…mais um Martini, por favor…e vá dar uma volta.Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.O outro tem o direito de não te querer.Não lute, não ligue, não dê pití.Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.Nada de drama.Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?O legal é alguém que está com você por você.E vice versa.Não fique com alguém por dó também.Ou por medo da solidão.Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.Tem gente que pula de um romance para o outro.Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?Gostar dói.Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.E nem sempre as coisas saem como você quer…A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.Na vida e no amor, não temos garantias.E nem todo sexo bom é para namorar.Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.Nem todo beijo é para romancear.Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.Enfim… Quem disse que ser adulto é fácil?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um vídeo sobre sonho.

De sonhos nascemos... De sonhos vivemos...
E por um grande sonho. O que não fazemos?

Vejam o link saboroso: http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2009/04/15/ult950u900.jhtm

Um prazer que nos faz ir além

A TV anda um saco. Nada de novo! E o que é novo parece repetido. E o que é repetido nos dá enjôo. E o que nos dá enjôo, fatalmente anulamos de nossas vidas. Fazia um tempão que eu não assistia TV, desde o fim da 2ª temporada de Brothers and Sisters que eu não tenho assistido TV assiduamente. Pode até ser um exagero, mas em meio há tanta bobagem que o campo midiático nos oferece, eis que surge, ou melhor: Ressurge (e em gala) novamente B & S. Ponto para a TV!

O primeiro episódio desta 3ª temporada chega toda cheia de novas energias. O clima nupcial de Kevin e Scotty não abala o humor sarcástico de Kevin, e as fraquezas comuns dos Walkers vêm à tona ao lidar com uma nova provocação da vida: Ryan!

É um momento delicado para a família, além do surgimento de Ryan: A Ojai Foods está nas mãos da terrível Holly – que chega nesta 3ª temporada mostrando uma ambição fora de si, um desconforto espantoso com os Walkers, e com a mania – muito mais aguçada – de interferir na harmonia da família!

Holly é uma espécie de vilã mesmo! Mas ela não é uma vilã a la Flora (A Favorita). Holly é aquele tipinho de vilã que usa de metáforas para inibir a sua verdadeira face. É uma vilã perigosa, pois por ser inteligente, usa de suas palavras para jogar, nunca admitindo de fato de que lado está. Sinto que Holly chega ainda mais manipuladora nesta nova temporada. Portanto, entre a razão (Holly) e a emoção (Nora), não adianta, Nora sempre dá um banho de moral em cima daquela que foi amante de seu marido.

O problema é que Tommy não sabe reagir quando agem de forma coercitiva em relação ao que ele pensa sobre tudo. Em outras palavras, Tommy é manuseado fácil por alguém que tenha personalidade. Aí está um bom resumo desta relação: Holly no comando, mexendo as suas pecinhas como bem entender...

Não é que Tommy seja “do mal” – Alias, nesta família, todos têm um pouco de “lado mal”. O que foi a revelação de Sarah a Kevin justo num momento tão conturbado? Dizendo, numa discussão de família, que ele seria demitido por Tommy! Ta, sim, eu sei: Sarah e Tommy, e as suas desavenças estrondosas, vem crescendo a cada capítulo. Mas Sarah é uma mulher madura. É a mais velha dos irmãos. Tem que encontrar um bom senso para lidar com as situações familiares.

Kitty (uma fofa) foi a estrela da estréia (mais uma vez). É incrível como a sua personagem é apaixonante. O dialogo dela com Robert, quando ele fala da força que a sua esposa tem, contrapondo-se com as suas fraquezas, foi forte, emocionante e lindo. Kitty é assim: Corajosa. Não se intimida nos problemas e nas situações de risco. Ela levanta a cabeça diante dos fatos e resolve – muitas vezes de maneira atrapalhada – mas resolve!

Justin voltou a me encantar (ainda bem). Depois de uma 2ª temporada muito conturbada, Justin mostra-se novamente um garotão encantador, que tem um coração imenso, capaz de conquistar seja quem for – inclusive Becca, uma moça independente e que sempre soube lidar muito bem com a sua solidão!

O importante disso tudo é que B & S prossegue alimentando a nossa alma em meio a tantos terremotos, crises e desigualdade. E é um bom alimento pra alma: Rir, chorar, bater, xingar e amar! Amar... Ah: Tem como não ser louco por B & S?

Foto: Cena do primeiro capítulo da 3ª Temporada: Justin é recebido pelo irmão Kevin, que não perdeu seu humor sarcástico mesmo vivendo um período nupcial. Créditos: blog.uc.tv.br/bs.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mais do que lealdade com os sentimentos, o ser humano precisa se reconhecer contraditório. Às vezes decidimos coisas em nossas vidas que, com o passar do tempo, notamos que agimos por impulso ou imaturidade. E, a partir disso, a melhor técnica, é a do diálogo!
Em um mundo tão frio e globalizado, a conversa olho no olho, tem sido uma posição cada vez mais distante da sociedade. Nós já vamos criando os nossos próprios conceitos e tomando decisões em cima disso, sem ponderar as coisas. O que há de mais belo – e temido – no relacionamento humano, é justamente as diferenças. Através delas é que mudamos a nossa maneira de enxergar o mundo... É como se pudéssemos, através das diferenças, entendermos melhor o mundo e os nossos argumentos.

É necessário, para tal, termos um coração limpo! E limpo não significa que ele nunca tenha sido machucado. Significa que ele sempre é capaz de transformar se em algo novo.

Definitivamente a sociedade precisa parar de querer que o outro seja o que ela quer que este seja. A gente precisa entender que o ser humano é único, e traz consigo características próprias de ser. Existem educações, bases e conceitos diferentes para cada um de nós. Se amamos de um jeito – muitas vezes frio – não significa que amamos menos. Cada um ama de um jeito. Carinho não é algo mecânico, é algo natural. E, conforme o tempo passa, e mais carentes vamos ficando, acabamos confundindo isso tudo! Achamos que carinho é obrigação e, mais que isso, que este deve ser dado de acordo de como queremos. Ah!

Penso que estamos o tempo todo nos criando e recriando. Confio muito em meus sentimentos, em meus sonhos, em minhas metas. Nada melhor existe do que poder deitar em sua cama, com a cabeça tranqüila, longe de pensamentos inexistentes. E, nesta trajetória, acabamos – muitas vezes – magoando as pessoas e o que elas esperam da gente em relação aos nossos sentimentos.

Eu me acerto
Zélia Duncan

Não pensa mais nada
No final dá tudo certo
De algum jeito
Eu me acerto, eu tropeço
E não passo do chão
Pode ir que eu agüento
Eu suporto a colisão
Da verdade
Na contra-mão...(2x)
Eu sobrevivo
E atinjo algum ponto
Eu me apronto
Pro dia seguinte
Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma...
Escovo os dentes
Abro a porta da frente
Evito a foto sobre a mesa
E ninguém aqui vai notar
Que eu jamais serei a mesma
Que eu jamais serei a mesma...
Não pensa mais nada
No final dá tudo certo
De algum jeito
Eu me acerto, eu tropeço
E não passo do chão
Pode ir que eu agüento
Eu suporto a colisão
Da verdade
Na contra-mão...
Eu jamais serei a mesma
E ninguém aqui vai mudar
Que eu jamais serei a mesma
Eu jamais serei a mesma!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Será que um dia esta dor termina?
Espero, tanto, que sim!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Uma homenagem ao Ícaro

Uma das melhores coisas que fiz em minha vida foi adquirir um cão, há dois anos atrás. Ele chama-se Ícaro, é um labrador atrapalhado e muito querido por todos da família.

A origem do nome Ícaro é mitológica, sendo filho de Dédalo, que foi o construtor e inventor mais habilidoso de sua época na Grécia Antiga. O seu nome significa: Fidelidade, carinhoso e de muita sensualidade, busca estar sempre demonstrando seu amor a todo instante e espera que a pessoa amada faça o mesmo. Superprotetor e muito prático, alguem pronto a ajudar na solução dos problemas das pessoas mais proximas. Mas tem uma forte tendência a se irritar quando não aceitam sua ajuda ou mesmo seus conselhos. Possessividade, dependência e temosia são aspectos dos quais deve fugir.

Lembro-me, muito feliz, quando optei em levar este bichano para a minha residência. Filho da Elza e do Fred (cães do meu amigo Paolo), logo que cheguei à chácara, veio correndo e deitou em meus pés. Com cara de bobão e jeito de travesso, não pensei duas vezes e o levei para o meu lar, que agora seria o dele também.

No início pensei que estaria fazendo bem só pra mim, pois sempre sonhei em ter um labrador. Com o tempo percebi que fiz bem pra todos da minha família. O Ícaro passou a ser o principal companheiro de minha mãe, que fica muito tempo em casa e sozinha. A relação dos dois é muito interessante. O Ícaro é um animal possessivo. Ele não gosta que a gente se aproxime da minha mãe. Ele se sente mais filho do que todos nós (eu e meus dois outros irmãos).

Com mordidas ardidas para brincar, um rabo que chacoalha forte, quebrando enfeites, destruindo sofás, camas e outros objetos (a minha mãe já trocou 2 vezes de óculos), o Ícaro é um cão adorável. Ele faz de tudo para manter a harmonia dentro de casa. Quando estamos mal humorados, ou chateados com alguma coisa, como espécie de mágica, lá está o Ícaro com aquele olhar fatal pronto para o ataque. Ele sobre para cima da cama, nos lambe, faz piruetas, morde o travesseiro... E nos olha tão profundamente em nossos olhos, que nos emociona.

O Ícaro é fiel. É engraçado. É teimoso. É atrevido. É amigo. É abusado. É atrapalhado, mas principalmente, um cão muito companheiro.

Certa noite eu não conseguia dormir, devido a algumas preocupações, enfim, coisas que às vezes temos que enfrentar em nossas vidas. O Ícaro ficou o tempo todo ao meu lado, olhando firme para mim. Ele tem um jeito de olhar pra gente que nos estremece. Não sei... É como se ele falasse através do olhar. É como se ele vivesse em função de nossas reações. E ele consegue.

Acontece que descobrimos, há alguns meses atrás, que o Ícaro traz com ele uma doença de pele bem chata. Um monte de ‘bolhinhas’ misteriosamente surgem pelo seu corpo, causando queda de pêlos... Desde então, ele se submete a tratamentos rigorosos com antibióticos e vitaminas. Entristece-me vê-lo nestas condições... Eu o acho tão indefeso (apesar do tamanho gigante). É uma relação profunda. Ele depende tanto de mim e de nós lá de casa.

O Ícaro é festeiro, gosta de paquerar as cadelinhas da vizinhança. Para deixá-lo ainda mais feliz, basta dizer: “Vamos ao passeio?”. Nossa... Ele corre por todos os cantos de casa, pula, morde, late... É um prazer.

Estamos finalizando o tratamento da última vez que a doença o atacou. Ele é forte, corajoso... E está vencendo mais uma etapa chata. Seus pêlos já estão novamente fortes e brilhantes.

Eu sou fã do Ícaro, e quando o observo - de todas as formas - penso o quanto que nós, humanos, temos que aprender com os cães!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Verde e amarelo

E o que somos?

Somos migalhas do que o mundo nos transformou. É fácil e natural as pessoas quererem que sejamos da maneira como a elas é mais conveniente. Tenho observado que, a cada dia, as pessoas têm tornado os seus próprios desejos como algo prioritário. E, nesta ansia maluca, nem percebem que os seus desejos tem transformado as pessoas também, da maneira como elas querem.

Não é fácil a gente ter personalidade em um universo onde programas grotescos da televisão brasileira batem recordes absolutos no ibope! É difícil não ser manipulado - principalmente a nossa geração, refém de um mundo totalmente globalizado - pela cultura em massa. Todos os valores estão invertidos: Quer dizer que a cultura, que deveria ser direito de todos, é uma mercadoria - muito cara, diga-se de passagem.

Em 2007 tive o prazer de assistir a um show da grande Maria Bethânia, no Citibank Hall, em São Paulo. Fazer parte de um momento como este é emocionante. É algo que entra direto para a nossa alma e nada, nem ninguém, consegue arrancar da gente. São horas de pura adrenalina, de choque, de valorizar o que é nosso (fala sério: A música brasileira não é a melhor de todas?).

Mas, infelizmente, não são todas as pessoas que podem ter acesso a isso. O show é caro. A viagem é cara. A hospedagem é cara.

Neste caso, especificamente, deixei de pagar algumas contas para me dar este luxo.

Ontem, durante a aula de "História da Arte", teve um debate sobre programas de televisão e filmes que nos distorcem da realidade. Da nossa realidade. Da realidade brasileira. Como inverter este quadro? De que forma?

Estamos tendo uma oportunidade muito especial de termos acesso a uma Universidade. Diante disso, cabe a nós tentarmos inverter este posicionamento. É claro que os brasileiros podem assistir ao "Big Brother Brasil" - entrete, diverte, enfim, eu mesmo assisto. Mas isso não pode só ser a prioridade. É preciso que os governos de todas as esferas valorizem a arte e a cultura, popularizando o acesso a estes bens. Tem que ter teatro de graça para a população, que por sua vez, deve prestigiar tudo o que tiver alguma marca cultural.

A cultura nos torna melhores como cidadãos. Através dela é que criamos gostos mais seletos para descobrirmos o que é bom ou ruim, conseguimos entender melhor quais são os nossos direitos, e como devemos exigi-los. Tanto é que nos regimes totalitários, os artistas eram sempre os mais perseguidos. Lamentável cena!

É preciso mudar sim. Não dá mais pra ficar de braços cruzados diante de tanta besteira que vemos na TV. E "mudar" - neste caso - não significa extinguir vemos programas que emburrecem a nossa cultura! O que não pode é acomodar. Vamos ver "Big Brother" e observar a onda de manipulação exposta em nossa frente... Mas não deixemos de ir ao teatro, ao cinema, conversar sobre assuntos sérios (sem armaduras), conhecer a elogiadíssima música popular brasileira, etc.

terça-feira, 17 de março de 2009

Um novo começo.

Pouco falei sobre a minha entrada em uma Universidade.
Pois é, pessoal: Agora sou um universitário. Depois de muitas confusões, faculdades que não abriram turma, etc, agora posso dizer: Deu tudo certo e já faz 1 mês que iniciei os meus estudos na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep).
É tão estranho e, ao mesmo tempo prazeroso, verificar este primeiro momento em que tudo parece novidade. Passado exato 1 mês do início das aulas, já pude notar que a classe começa a ficar mais íntima de si mesma. As pessoas, finalmente, estão mais dispostas a se conhecerem. Quebrou aquele gelo terrível (e temível) da timidez. Todos estamos nos reconhecendo no mesmo barco. Isso é bom.
Obviamente que turmas já estão se dividindo. Alguns do canto de lá, outros do canto de cá, os do fundão, os da frente... Algumas desavenças já surgiram também. Mas, em geral, tudo está muito bom.
As matérias que antes eram aguardadas com muita ansiedade, agora já trazem a nós um certo desespero. É o caso da "Teoria da Comunicação", por exemplo. É tanta teoria, tanto texto pra ler, que a gente fica perdido. As aulas são ótimas. Aquela boa troca de experiências entre o professor e o aluno, mas são muito dados. Às vezes me pego viajando. Às vezes não entendo. Enfim, faz tudo parte de um novo momento de minha vida.
Por incrível que pareça outra aula que tem tirado o meu sossego é "História da Arte". Infelizmente tive um ensino médio bastante complicado. Muitos contextos eu não sei mesmo. Aí, além de entender sobre estes novos dados que a faculdade propõe, tenho que buscar informações que eu já deveria saber, de alguma forma.
Por outro lado, algumas aulas despertam o meu encanto: "Leitura e Produção Textual" é um bom exemplo disso, e também "Filosofia", "Laboratório de Voz" e "Introdução ao Jornalismo" entram no patamar das disciplinas que eu, particularmente, estou me apaixonando.
Mas o maior barato, neste instante, é a convivência humana mesmo. Os gestos dos novos colegas de classe, futuros amigos de profissão. Todos estamos envolvidos com um brilho no olhar perspicaz! E quando um mostra um certo desânimo, lá estão os outros, dando força para prosseguir na jornada!
E que jornada! São 4 anos divididos em 8 semestres.
Enfim, está sendo uma experiência muito especial. Obrigado a todos pelas boas energias e pela torcida!
COISAS QUE A VIDA ENSINA DEPOIS DOS 30

Amor não se implora, não se pede, não se espera... Amor se vive ou não.Ciúme é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.Animais são anjos disfarçados, mandados à Terra por Deus, para mostrar ao homem o que é fidelidade.Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.As pessoas que falam dos outros pra você, vão falar de você para os outros.Perdoar e esquecer nos torna mais jovens.Água é um santo remédio.Deus inventou o choro para o homem não explodir.Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.A criatividade caminha junto com a falta de grana.Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.Amigos de verdade nunca te abandonam.O carinho é a melhor arma contra o ódio.As diferenças tornam a vida mais bonita e colorida.Há poesia em toda a criação divina.Deus é o maior poeta de todos os tempos.A música é a sobremesa da vida.Acreditar, não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.Filhos são presentes raros.De tudo, o que fica é o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.Obrigada, desculpa, por favor, são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.O amor... Ah, o amor... O amor quebra barreiras, une facções, destrói preconceitos, cura doenças... Não há vida decente sem amor!E é certo... Quem ama, é muito amado. E vive a vida mais alegremente.
Artur da Távola

segunda-feira, 9 de março de 2009

vômitos de tristeza

Hoje, especialmente, sinto-me um pouco triste.
Cansado, desmotivado, sem perspectivas para que tomemos um novo rumo.
Queria uma pessoa que fosse aliada de meus sonhos, não inimiga deles.
Queria poder compartilhar de minha sinceridade absoluta, sem ter medo de estar cometendo grandes erros.
Não gostaria de ser punido por insegurança...
Sinto-me pressionado. É como se estivesse amarrado em uma parede e outra, a cada dia, estivesse mais perto de mim... A ponto de me apertar. Estraçalhar-me.
Se não te amasse, saberia como reagir. Mas como posso ir contra este sentimento? Como posso mostrar um outro lado, uma nova vertente, se você mesmo não quer enxergar!
Ana diria “deixa de tolice e veja que eu estou aqui agora, inteiro, intenso, eterno, pronto pro momento e você cobra (...) será que é tão difícil entender o amor?”.
Eu não quero mais que briguemos por coisas tão infantis. Não quero mais competir razão, como se um troféu fosse o prêmio nosso.
Quero só que nos acertemos. Mas a disposição é nossa


“Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...
Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir...
Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada...
Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...
Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...
Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...
Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também...”

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ando vago em meus pensamentos. Não exatamente em tudo. No trabalho, na vida, as idéias andam pipocando e, graças a Deus, sendo executadas... Por outro lado, estou um pouco 'sem vontade' de me expor. Acho que é natural. Talvez seja mais uma fase de amadurecimento. Algo bom como ouvir mais a que falar.

Sou tão tagarela. Brigo pelas minhas opiniões (respeitando todos os lados), mas, de um tempo pra cá, tenho perdido um pouco esta vontade. A vida vai se encaixando e colocando em sua frente vários tipos de pessoas. Me considero uma pessoa de 'sorte' por ter ao meu lado gente de todos os tipos. Também reconheço hoje, mais facilmente, os meus verdadeiros amigos. Sei dar tempo a eles. Antes eu perdia muito tempo com pessoas que nem sempre me traziam sensações boas!

Acho que estou ficando mais maduro. Mais homem. Tenho aprendido a neutralizar as circunstâncias. Isso não tem a ver com quebra de personalidade. Mas é que, muitas vezes, a gente tem que achar o tom certo pra gente mesmo. E, por incrível que pareça, sempre é possível aprender algo novo com pessoas novas, mesmo quando não nos identificamos com elas.

Talvez 'autoconhecimento' seja muito melhor a que 'autoconfiança'!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dentro do mar tem rio...

... Dentro de mim tem o quê?

Final de semana incrível, com pessoas incríveis... Um pouco de São Vicente para vocês:

Vista do apartamento que ficamos.

Luciano e eu curtindo São Vicente.


Janaína e Isa curtindo São Vicente.

Fernando, Farid e Cido curtindo São Vicente.

Evandro e Ariane curtindo São Vicente.


Água de coco é bom em São Vicente.





Luciano e eu no Teleférico de São Vicente.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Coisas para bons arianos (ou convictos)

Início de 2009 bastante tumultuado. Um novo trabalho, novas metas, novos objetivos... Notei - como não notava há um bom tempo - que ao iniciar um novo ano temos que valorizar isso a fundo. Não adianta nós desejarmos um bom 'ano novo' se não fizermos algo para transformarmos o que anda ruim para algo melhor! Vejo muita gente pessimista sempre dizendo: "Esta história de um novo ano não tem nada a ver". Superticioso como sou, acredito que tenha sim. A gente tem que traçar um propósito de vida, temos que organizar tudo o que é nosso.

Temos tempo para tantas coisas, não é? Vermos novelas, cuidarmos dos problemas de nossos amigos, cuidarmos dos problemas da nossa família, tarefar as nossas contar, estudarmos, etc. E, nesta loucura, acabamos nos esquecendo de uma das principais fontes de sabedoria: cuidarmos de nós mesmos.

Estava optando por isso no finalzinho de 2008. Queria aprender a cuidar mais de mim, de expressar mais as minhas opiniões - sem medos ou pudores - mas com lealdade ao que sinto. Queria organizar melhor o meu tempo e dividí-lo em partes proporcionais. É lógico que o nosso trabalho merece a nossa atenção, muita. Temos que ser pessoas dedicadas e de atitudes, por que hoje a vida profissional está complicada para todos os lados. No entanto, tem os outros bons prazeres da vida também que merecem a nossa atenção.

Nos primeiros dias de 2009 tenho conversado muito com a minha mãe, tentando de alguma forma, estabelecer novamente um vinculo que quase afundou-se (devido às nossas diferenças). Aprendi, de uma vez por todas, que eu tenho a obrigação de entender o universo dela. Não brigar por minhas ideologias e nem rebelar-me diante de opiniões que nem sempre eu concordo. Há de se ter paciência.

Tenho conversado muito também com o meu irmão do meio, o Rodrigo. Engraçado que, diante disso, temos notado tantas identificações entre nós. E olha que também sempre tivemos uma relação muito delicada e, muitas vezes, tensa. Hoje, pelo menos alguns minutos, trocamos as novidades e olhamos nos olhos um do outro.

Tenho 'gastado' mais tempo também com as minhas sobrinhas, a Amanda e a Layane (que são meus xodós, "menina dos olhos"). Continuo um tio bastante introspectivo, mas mais maleável. Estou aprendendo que elas me ensinam muito mais quando sorriem a que livros ou músicas.

E o Ícaro então? O meu cão-amigo. É incrível o quanto a nossa relação esquentou. Tento pelo menos dedicar 25 minutos de minha vida a ele diariamente. E então é uma festa. A gente passeia, brinca, ele me morde, eu mordo ele... Temos compreendido mais o nosso universo.

Deixei de gostar do Big Brother Brasil e, até mesmo, criei um certo nojo do programa. Não tem nada a ver com as pessoas que lá estão, e nem com o Bial, e nem com nada. Eu só acho que é um programa medíocre, que passa uma mensagem mais medíocre ainda. Os profissionais envolvidos não têm nada a ver com isso. Estão lá, cumprindo os seus papéis.

É questão de tempo mesmo. Andei pensando muito sobre isso, o quanto que perdemos tempo com besteiras. Prefiro ver um filme, meu seriado predilero "Brothers and Sisters", ver orkut, conversar com as pessoas que citei acima... Rir de mim. E da vida.

Também estou entendendo mais que precisamos respeitar o que somos. Não termos vergonha de exibir a nossa alma às pessoas que estão ao nosso redor. Lógico que, por vezes, algumas pessoas não irão entrar em sua energia. Faz parte! "Bora" estar perto das pessoas que te querem bem!

E tem o coração também, né? Em meio tanto tumultos que ocorreram em 2008, surgiu alguém muito singular e singelo. Alguém que, com naturalidade, tem mostrado pra mim que a vida é tão infinita. Que as músicas são tão profundas... Que as poesias são tão belas!