segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A arte de errar...

Tudo o que faço tento dar o meu máximo. Na verdade, aprendi muito disso quando trabalhei com produções culturais na Secretaria Municipal da Cultura (2005 – 2008). Em certos eventos, um errinho poderia comprometer toda a estrutura de um evento. No início, trabalhar assim era terrível. Parecia que depositavam em certos funcionários um prédio pesando toneladas nas costas. Era muita pressão! Depois, com o tempo, isso se torna adrenalina e todo o medo se torna um passaporte a mais para darmos o nosso sangue e aproveitarmos isso da melhor forma.

Nesta trajetória (na cultura) conheci muitas pessoas que valem a pena e estreitei os meus contatos com artistas talentosíssimos. Aos poucos, apesar de me dar ao máximo nas produções que efetuava, comecei a lidar melhor com a pressão natural das produções. A gente sempre sabia que, de última hora, alguma bomba iria estourar e, em segundos, você precisaria inventar uma forma para que tudo aquilo não chegasse até o público – energia vital para que nossas metas se tornassem ainda mais possível para outros eventos...

Mesmo assim, erros sempre surgiam. Não sou muito de ficar me justificando. Se erro, peço desculpas, assumo logo a culpa e pronto. Sou daqueles que acha que um erro é importante para que a sua vida profissional ganhe mais maturidade e até mesmo qualidade. Por ser muito ousado – e ansioso – os meus maiores erros sempre estiveram ligados pela fobia em transformar aquela ideia em algo consolidado. Já bati muitas vezes a cabeça por conta disso e, receio, que ainda baterei muitas outras.

Agora, trabalhando com assessoria do vereador Farid Zaine, os erros se transformam em problemas muito maiores. E – definitivamente - trabalhar com política sempre nos deixa à margem de estarmos fazendo algo errado o tempo todo. As pessoas estão desacreditadas, decepcionadas, enfim... Não há fé na política – o que eu, particularmente, acho uma pena.

O fato é que, nas produções culturais, acabei tendo envolvimento com os veículos de comunicação da cidade. Farid – que na época era secretário – me deu a missão de dar um “novo ar” para a área de comunicação da Secretaria da Cultura. Assim o fiz. Começamos modificando o site da pasta, com atualizações mensais dos eventos, notícias, álbum de fotos, curiosidades e outras coisas. No site, fizemos uma espécie de “blog” e a resposta acabou sendo muito positiva.

Logo depois, fizemos uma comunidade no Orkut, a “Cultura - Limeira”, que tomou uma proporção inacreditável. Em dias, foram centenas de pessoas que começaram a se envolver com as produções culturais e - todos os dias - recebíamos e-mails elogiando pela adoção deste instrumento para a divulgação dos trabalhos culturais.

Uma vez, ao sair de um evento, o “Canta Limeira” (que era uma delícia), fui comer com a equipe no Hard-Chopp 1. Ao sentarmos na mesa, uma mulher me chamou um instante. Fui até ela, que me questionou: “Você é o Ronald da Cultura?”. Respondi que sim, com um sorriso. Ela então me revelou que estava na comunidade do orkut e que havia vindo de Minas Gerais para ver o Canta Limeira, depois de um comunicado enviado por aquela comunidade.

Fiquei lisonjeado pela presença dela. Agradeci muito e, desde então, sempre que possível, Mariella vinha até Limeira, assistir a algum evento cultural por aqui.

Em contrapartida, comecei a “esboçar” alguns releases em que divulgava aos eventos da pasta cultural. Lá eram praticamente de dois a três informativos por dia. A resposta foi positiva mais uma vez e, então, comecei a me apaixonar muito por jornalismo.

Tinha em mente que queria fazer jornalismo e comecei a divulgar isso aos, agora, amigos da comunicação de Limeira. E foi uma experiência muito bacana! Abri o meu e-mail para que os interessados pudessem sempre me enviar sugestões nos releases que produzia... E deu certo. Recebia sempre críticas construtivas, apostilas, dicas que diferenciam um texto comum de um texto jornalístico, enfim: uma troca gostosa e prazerosa de informação. A mim, tudo foi muito produtivo.

Na época, portanto, não havia disponibilidade para que o meu sonho – de iniciar um curso de graduação na área de comunicação – se consolidasse. E é tão estranha a sensação de se ter a certeza do que fazer e não ter tempo hábil para isso.

Depois, fui convidado a uma nova trajetória profissional, a de assessorar o vereador Farid na Câmara Municipal. Aceitei por vários motivos, entre eles: sou admirador nato de Farid e de suas conquistas culturais para Limeira, haveria como conciliar, embora de forma bastante conturbada, a minha graduação e o meu trabalho e também (talvez o principal deles) um novo objetivo profissional: a gente sempre aprende. Sou ariano, então, já sabem o quanto adoro novos desafios!

E então, aos poucos, “fui chegando...”. No início não foi fácil (lembram-se que citei acima sobre a pressão e tal, que na época rolava também na Cultura). Pois é. Um novo trabalho totalmente diferente daquele que elaborava na Secretaria... Depois, as novas ideias, como o blog, o informativo on-line, o informativo impresso, o twitter, etc. Agora, já na faculdade, embora no 1º semestre, já aprendendo uma série de detalhes que fazem a diferença na hora de lidar com a comunicação geral.

Ainda não tive a disciplina Assessoria de Imprensa, que deve ocorrer apenas no 5º semestre. Mas como sou abusado, acabo observando muito os meus amigos que já trabalham brilhantemente neste “setor”, e comecei a inventar coisas, a tentar fazer – de alguma forma – a diferença em meu trabalho... Por que poucos sabem, mas sou apaixonado por isso e tenho orgulho das pessoas que estão por perto, ao meu redor.

O fato é que os erros continuam surgindo. Seria tolo, de minha parte, afirmar que gosto de errar apenas para aprender. Não gosto. Prefiro não errar. Mas se erro, levanto a minha cabeça e prossigo na luta por novos ideais. Mesmo por que “quem aqui é capaz de dizer que não erra?”.

Hoje retorno ao 2º semestre do meu sonho, depois de umas férias bem prolongadas, por conta da gripe suína. Lá, no mesmo barco, encontrarei pessoas em busca da concretização dos mesmos sonhos... E toda aquela vivência acadêmica volta a fazer parte da minha vida. A minha turma é bastante eclética, mas muito unida. Voltamos com novas perspectivas, depois de um 1º semestre revelador, como a queda do diploma para se exercer a função de jornalista. Apesar dos poucos meses de convivência já posso afirmar que somos uma grande família. E é naqueles abraços que busco ainda mais força para que os meus erros não sejam encarados como fraquezas e sim como uma valiosa coragem. A coragem de encará-los de frente. Talvez tenha mesmo uma visão “romântica” quando dizem que “não vejo maldade nas pessoas”. Não mesmo... E não quero aprender. Estou bem, com os tombos, com as alegrias... Com tudo. Estou aqui mesmo para evoluir e, principalmente, conquistar valores que realmente valem a pena na vida: como amigos que são tesouros e simplicidade nas ações.

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