segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sem rotas

A concepção das coisas ou dos sentimentos vai mudando de acordo com os ciclos da sua vida. Hoje, depois de um tempo, tenho quase certeza de que ninguém é de ninguém e que tudo, sendo bom ou ruim, tem começo, meio e fim. Infelizmente o fim pode ser apenas para uma pessoa o que gerará na outra dor ou frustração. E não tem como deixar de correr todos os riscos sem seguir o coração? Se há sempre uma batalha na vida, todos os dias, devemos ter respeito por aquilo que acreditamos ou aprendemos. Porque, de fato, é isso que faz com que durmamos com a consciência tranqüila todas as noites.

Tenho, aos poucos, desistido de alguns planos e sonhos. Não, não estou mal com isso, ou jogado a um mar de amarguras sem fim. Pelo contrário. Abandonei certos planos e sonhos por outros estarem em minha cabeça e, de alguma forma, esses planos que tanto digo tem a ver, totalmente, com a minha individualidade. Quero entender melhor quem sou. Para que eu não me perca como alguns que eu vi se perdendo.

Tenho curtido. Curtido muito. Conhecido gente, conversado, ouvido novas músicas, lido novos livros, principalmente do Caio Abreu. Até Lady Gaga eu ouvi, olha só? Sei até o refrão da animadinha “Poker Face” (rs). Também tenho assistido filmes, de todos os tipos e gêneros, os clássicos e os tontos. E todos, da mesma forma, têm me provocado uma ótima sensação. Acho que filme, por pior que seja, sempre tem algo a dizer ao espectador e isso sustenta a minha paixão por filmes.

Também voltei a correr, pouco, mas voltei. Não, não tem nada a ver com corpo, tem a ver com saúde mesmo. Vocês sabem, eu bebo, fumo e gosto de doces. Não dá para brincar com a saúde, é algo sério. E eu ainda quero conhecer tantas lugares, tantas músicas, ir a tantos shows, rir com os bons amigos... Enfim, fazer essas coisas que verdadeiramente valem a pena na vida.

No coração. Reinam uma absoluta paz e harmonia. Pela primeira vez tenho sentido que preciso mesmo de mim. Teve muita coisa que ficou para trás na minha existência. Por ser ariano e quase sempre afoito, sempre fui atropelando tudo... Coloco as pessoas sempre na frente de mim... Não me incomoda isso, de jeito nenhum, mas agora quero expressar a satisfação de estar comigo mesmo. E ponto.

Acho que estou regando um bom jardim interior. Logo as flores surgem... As portas ainda estão trancadas, pois não é tempo de cultivar nada... Porém, janelas ficam entreabertas para que o sol nutra esta minha existência. Afinal, não tem como (e nem quero) prosseguir sem fé alguma.

Há de se ter fé. Em Deus. Na natureza. Nos santos. Nos anjos. Na vida. Em você. Em algo há de se ter fé. Seguir, às vezes, quase não nos pertence e é a fé que te sustenta. Então, de certa forma, a fé está relacionada à paz. E paz é que sinto dentro de mim!