terça-feira, 13 de julho de 2010

De todas as formas.
Com todos os gostos.
Àqueles que causam prazeres, e até os que dão medo!
A vida exige que a gente a encare.
Frente a frente, corpo a corpo.
Há horizontes, há sempre uma saída e, dentro dela, uma nova perdição!
É preciso acumular sentimentos verdadeiros...
Porque eles te tornam transparentes!
É preciso ter respeito às suas bases... Suas raízes!
Doses de humildade... Goles de silêncio!
Opinião própria.
Músicas que embalem os seus climas e momentos.
É preciso agarrar as chances, mesmo quando existam conflitos.
Não podemos ser covardes. Com respeito se chega lá!
Não basta apenas o encanto dos sonhos. É preciso suar com a realidade.
Para se chegar até a concretização deles.
É preciso amor, de qual forma for.
É preciso ser sincero, com gentileza!
Tem que saber a hora certa para começar e ter coragem para admitir que, às vezes, algo bom tende a acabar.
Batalhar. Crescer. Evoluir!
É preciso sentir, se emocionar...
Com poemas, prosas ou contos.
Valorizar a cultura própria. A nossa cultura!
Conhecer os gênios da nossa literatura, das fantásticas composições sonoras.
Acumular inimigos é perda de tempo. Às vezes erram com a gente e é preciso ter paz de espírito para que não fiquemos em débitos...
A gente erra com os outros também!
Não existem verdades absolutas. Cada um carrega consigo uma nova visão sobre uma grande história.
Ou pequena.
Um problema é sempre um problema. Com força, a gente acha a solução!
Se entregar às provocações da vida é necessário. Não para desistir... Mas para aprender.
Vida seca é àquela em que o protagonista não permite conhecer novos sabores, valores e até essência!
Dance. Pule. Grite.
Ria... De orelha a orelha.
Chore. A dor é capaz de desaparecer através das lágrimas.
Não perca tempo com mágoas ou tristezas... Só o suficiente para entender que, a partir delas, você pode ser melhor.
Melhor para você mesmo!
Melhor para a humanidade.
Seja humano!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Somos todos imortais. Teoricamente imortais, claro. Hipocritamente imortais. Porque nunca consideramos a morte como uma possibilidade cotidiana, feito perder a hora no trabalho ou cortar-se fazendo a barba, por exemplo. Na nossa cabeça, a morte não acontece como pode acontecer de eu discar um número telefônico e, ao invés de alguém atender, dar sinal de ocupado. A morte, fantasticamente, deveria ser precedida de certo 'clima', certa 'preparação'. Certa 'grandeza'. Deve ser por isso que fico (ficamos todos, acho) tão abalado quando, sem nenhuma preparação, ela acontece de repente. E então o espanto e o desamparo, a incompreensão também, invadem a suposta ordem inabalável do arrumado (e por isso mesmo 'eterno') cotidiano. A morte de alguém conhecido e/ou amado estupra essa precária arrumação, essa falsa eternidade. A morte e o amor. Porque o amor, como a morte, também existe - e da mesma forma, dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte - pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) - nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade", Caio Fernando Abreu.