Nesses momentos em que a alma ganha um tom cinzento,
Que o coração bate apenas para o sangue ser impulsionado,
Que a alegria parece perder um pouco de brilho,
Que um gosto amargo de saudade ou ausência se instala,
Que as músicas se tornam doídas de serem ouvidas,
Que nada se completa, muito menos se complementa,
Quando os focos quase se perdem,
Quando as estrelas não surgem mais nos céus,
Quando os sonhos perdem espaço,
E as rimas das poesias anunciam a amargura.
É nesses momentos em que valso comigo,
Comigo apenas,
Que me perco com pensamentos introspectivos,
Que me agarro ao que nem sei mais,
Que aproveito para observar que a dor deve ser consumida,
Que os olhos lacrimejam sem sentir,
Que a pele perde o tom, o dom, a graça.
Como pode um sentimento, que era para ser tão belo,
Aprisionar-te dentro de um museu repleto de lembranças?
De refrões repetitivos,
Que chacoalham sua cabeça,
Que tiram suas veias dos lugares,
Que, ao fechar os olhos, mergulham-te a um aperto que arde o peito.
O que esperar? O que querer? O que buscar?
Se na verdade é no amor que encontramos certa base,
Como se manter firme sem se perder?
Como é possível resistir ao sorriso que encanta?
A vontade de apertar... De beijar... De sentir!
A vontade de descobrir ou redescobrir.
A vontade de acariciar, de sussurrar,
De Gemer... De morder...
De se encontrar, para não se perder...
terça-feira, 6 de abril de 2010
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2 comentários:
Incrível, vc é o autor?!
relaxa eu estou aqui.. vou estar sempre..rsrsrsrs gatinho
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